Acuidade visual subjetiva
Acuidade visual diz respeito à quantificar o quanto cada olho enxerga. Medi-la é o mesmo que mensurar a nitidez da visão: quanto menores os detalhes que o paciente é capaz de enxergar, melhor é sua acuidade visual. Uma baixa nitidez da visão pode indicar problemas oculares. É muito importante que esses problemas como esse sejam diagnosticados e solucionados o quanto antes para evitar complicações futuras, como o comprometimento visual permanente.
Tipos de teste para medir acuidade visual em crianças pré-verbais
Assim, para solucionar o desafio de medir a acuidade visual em bebês e crianças pré-verbais, alguns testes foram desenvolvidos. Eles são divididos em dois tipos de métodos: testes de olhar preferencial e testes de potencial visual evocado.
Teste do Olhar Preferencial
As maneiras mais comuns para realização desse exame são feitas através do Teste de Teller ou do Teste Raquetes de Lea, realizados no próprio consultório durante o atendimento quando necessário. Ambos consistem em apresentar ao paciente não verbal tabelas com listras que vão ficando cada vez mais finas e com menos contraste entre si. O exame é feito na distância adequada para cada idade e nos fornece a informação da acuidade visual através da fixação do paciente em cada placa apresentada. No consultório a Dra. Bárbara realiza o teste com paciência e carinho, fazendo pausas e retomando o teste, sempre respeitando os limites da criança.
Potencial visual evocado
O potencial visual evocado é uma resposta elétrica do cérebro que acontece quando somos apresentados a uma informação visual. Essa informação percorre um caminho desde a retina, no olho, até o córtex visual primário, no lobo occipital do cérebro. Esse método de avaliar a acuidade faz uso do registro da atividade neural ao longo desse caminho. Nele, cada olho é testado individualmente. Para isso, são colocados eletrodos no couro cabeludo do paciente enquanto ele está posicionado em frente a uma tela de computador em que são apresentadas imagens. Normalmente são utilizadas placas cinzas e com listras brancas e pretas, assim como no teste de olhar preferencial, ou ainda imagens quadriculadas, como as de um tabuleiro de xadrez.
Esse teste é relativamente simples e não invasivo. Além disso, a proximidade do córtex visual com o couro cabeludo permite que ele seja bastante preciso. Outro ponto positivo é o baixo tempo de duração do teste. Apesar da maior precisão em relação ao teste preferencial, o teste de potencial visual evocado exige equipamentos mais complexos, como amplificadores fisiológicos e um sistema computacional que gera as imagens, analisa as respostas e calcula os resultados.
Os métodos apresentados possibilitam a avaliação da acuidade visual de pacientes não-verbais. Isso é importante porque, além de facilitar diagnósticos precoces, torna esse tipo de exame mais inclusivo. Assim, permite que crianças pré-verbais, ou pessoas com algum tipo de comprometimento de linguagem verbal, tenham sua acuidade visual medida e corrigida. A partir da identificação de doenças oftalmológicas precoces, os testes possibilitam o início do tratamento. Tudo isso pode resultar em melhorias significativas na qualidade de vida presente e futura.