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Teste de cores

O teste de cores, também conhecido por teste cromático ou teste de Ishihara, avalia a presença de daltonismo e determina o grau de comprometimento na percepção das cores pelos olhos. A avaliação do senso cromático é o exame oftalmológico que serve para detecção da deficiência congênita na visão das cores.

Por isso, o exame de senso cromático é indicado para pacientes com suspeita de daltonismo, sendo realizado por um oftalmologista. O teste também pode ser utilizado na avaliação de doenças que atingem o nervo óptico e a mácula.

O daltonismo

O daltonismo é uma doença geneticamente hereditária e recessiva, ligada ao cromossomo sexual X, que causa irregularidade na percepção visual das cores e causa dificuldade para distinguir determinadas tonalidades como o azul, verde e vermelho.

O distúrbio acomete aproximadamente 5% da população e é mais raro em mulheres. Isso acontece porque elas possuem os cromossomos X em dose dupla, sendo mais difícil que os dois genes sejam impactados pela característica. O mais comum é que as mulheres portadoras do gene do daltonismo transmitam-o para seus filhos homens que, então, desenvolvem a disfunção visual.

Existem outros casos de daltonismo que não estão relacionados à genética. Apesar de serem extremamente raros, alguns traumas nos órgãos da visão, o descolamento da retina ou tumores cerebrais, podem causar a doença.

Entre os sintomas mais característicos do daltonismo, os pacientes com essa doença veem o mundo com cores pouco definidas, muitas vezes turvas, com nuances distorcidas e sem ou com pouca diferenciação entre os tons.

 

Tipos de daltonismo

O daltonismo afeta um dos tipos de células fotossensíveis da retina, os cones, responsáveis pela percepção das cores. Apesar do aspecto geral da doença, existem três manifestações particulares.

Tricromático

É a manifestação mais comum do daltonismo. Na deficiência tricromática, o portador possui todas as células receptoras de cor, porém uma delas não opera de forma correta. 

Sendo assim, o indivíduo terá dificuldades para identificar uma das três principais cores afetadas pelo daltonismo: vermelho, verde e azul. Ou seja, apesar de enxergar, pode confundir-se com uma das cores citadas.

Dicromático

Nesses casos, os indivíduos afetados não possuem um dos tipos de cones (célula receptora de luz que fica na retina), e por isso não conseguirá distinguir uma das três cores a seguir:

  • Vermelho: deficiência também conhecida como protanopia, causa a diminuição ou ausência do pigmento vermelho, provocando problemas na visualização de cores como o marrom, verde e cinza.

  • Verde: deficiência chamada de deuteranopia, tudo que é verde se torna marrom aos olhos da pessoa afetada.

  • Azul: deficiência também conhecida como tritanopia, que provoca problemas na visualização da cor laranja, enquanto as cores azuis são vistas com tonalidades diferentes e as amarelas viram rosa claro.

 

Acromático

O daltonismo acromático ou monocromático é a manifestação mais rara desse distúrbio. Pacientes com esse tipo de daltonismo não enxergam nenhuma das cores, vendo tudo em escalas de preto, branco e cinza. 

Tratamento

O daltonismo não tem cura, mas pode ser tratado e ter suas consequências minimizadas. Existem lentes especiais que auxiliam as pessoas com daltonismo a distinguir as cores semelhantes e ter melhora no contraste entre elas.

Assim como ocorre em todos os problemas de saúde, é muito importante que haja um diagnóstico desde a infância, para que o paciente com daltonismo possa se adaptar e não sofrer os problemas decorrentes da percepção diferente das cores em seu cotidiano. 

Ainda, crianças diagnosticadas com deficiência do daltonismo devem ter métodos educacionais específicos que as ensinem a contornar a dificuldade de identificar determinadas cores.  

No caso da dicromacia, existem filtros em lentes que auxiliam os portadores a perceberem melhor as cores vermelha e verde. 

Atualmente, também existem alguns aplicativos gratuitos para smartphones que auxiliam os daltônicos a identificarem as cores que normalmente não enxergam.

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©Dra. Bárbara Palma Saccon. Médica Oftalmologista CRM SC 23938  RQE SC 23201 CRM PR 49090  RQE PR 30403

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